O maior congresso online sobre
Boas Práticas em Saúde Mental do Brasil

  • No IV Congresso Online Internacional Boas Práticas em Saúde Mental, pretende-se discutir boas práticas adotadas na rede de atenção psicossocial e a relevância do protagonismo do usuário em processos de reabilitação psicossocial. O tema central do congresso é a importância da reforma psiquiatra para a sociedade e as colaborações das novas abordagens em saúde mental para a reforma.

    O programa visa discutir boas práticas em saúde mental que estão sendo implementas no Brasil, em Portugal e em outros países. Dentre as questões que afligem a sociedade, estão: saúde mental comunitária; a medicalização; acolhimento na crise; Inovação na gestão em saúde mental, Novo olhar para o cuidado baseado no diálogo e Desinstitucionalização frente ao modelo biomédico. Desta forma, é fundamental uma formação teórica e prática voltada para boas práticas no campo da saúde mental comunitária, possibilitando ao aluno identificar, planejar, organizar e executar ações e projetos no âmbito da saúde mental, a partir dos paradigmas da desinstitucionalização.

    O Congresso tem por objetivo promover um espaço de debates e trocas de experiências entre pessoas e organizações que vêm construindo novas práticas em saúde mental, com enfoque na pessoa que vive .

    Você está preparado para viver tudo isso no formato Online e Ao vivo? Participe do Congresso em Saúde mental, ao vivo e online, da sua casa. Não é vídeo aula, não é gravação, é um Evento online Ao vivo.

    A idealização desse Congresso advém de articulações entre profissionais de saúde, professores, do CENAT (Centro Educacional Novas Abordagens Terapêuticas), da IMHCN (International Mental Health Collaboration Network) da Inglaterra, de usuários e familiares. Apoio da UFPR (Universidade Federal do Paraná).

Programação
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30 de março de 2023

 08h40 - 09h00
Início do Congresso
Cerimônia Boas Vindas
09h00 - 10h30
Palestra: Os excelentes resultados da abordagem do ‘Diálogo Aberto’ no cuidado do sofrimento psíquico grave
Palestrante: Mia Kurtti (Finlândia)
10h40 - 12h00
Palestra: A Importância da ambiência na Atenção Psicossocial
Palestrante: João Gabriel Trajano Dantas (UECE)
12h00 - 14h00
Intervalo para Almoço
Intervalo para almoço até 14h00
14h00 - 15h20
Palestra: Soteria - Criando alternativas compassivas para pessoas em sofrimento psíquico grave com crise
Palestrante: Jen Kilyon (Inglaterra)
15h30 - 16h30
Palestra: Qual o papel do/a coordenador/a do CAPS?
Palestrante: Bruno Emerich (UNICAMP)
16h30 - 16h40
Atividade Cultural
Projetos de Economia Solidária: Oficina Sol e Nutrarte
16h40 - 18h00
Palestra: Mudança de paradigma: Educação permanente nos serviços de saúde mental
Palestrante: Nazareth Malcher (UnB)

Programação
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31 de março de 2023

08h50 - 09h00
Início do Congresso
 09h00 - 10h30
Mesa-redonda: Estratégias para lidar com vozes
Palestrantes: Celina Vilas-Boas (Portugal) e Raquel Carvalho (Portugal)
10h30 - 10h40
Atividade Cultural                                      
Aprensentação: Manicómio Centro Artístico (Portugal)
10h40 - 12h00
Palestra: Álcool e outras drogas: A Intersetorialidade no cuidado e na prevenção
Palestrante: Marcelo Kimati (UFPR)
12h00 - 14h00
Intervalo para Almoço
Intervalo para almoço até 14h00
14h00 - 15h20
Mesa-redonda: A vivência da crise em saúde mental: 
O que podemos fazer?
Palestrantes: Miriam Machado e Daniel Goulart (UnB)
15h30 - 16h30
Mesa-redonda: As vozes dos usuários participantes de grupos de ouvidores de vozes
Palestrantes: Sabrina Stefanello (UFPR) e João Vitor Ribas Campos
16h40 - 18h00
Mesa-redonda: Saúde Mental e Atenção Básica: Desafios de cuidar no território
Palestrantes: Helena Cortes (UFSC) e Deivisson Vianna (UFPR)

Programação
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01 de abril de 2023

 08h40 - 08h50
Início do Congresso
08h50 - 10h00
Palestra: Prevenção e posvenção do suicídio
Palestrante: Dione Maria (UFPR) 
10h10 - 11h30
Palestra: O impacto do racismo e da desigualdade estrutural na saúde mental
Palestrante: Emiliano Camargo (PUC-SP)
11h40 - 13h00
Apresentação de Trabalho Científico
Momento para as apresentações dos trabalhos científicos (Brasil e Portugal)
13h00 - 14h10
Intervalo Almoço
Intervalo para almoço até 14h10
14h10 - 15h30
Palestra: Por que não diagnosticar as condições sociais em vez dos sintomas individuais?
Palestrante: Peter Kinderman (Inglaterra)
15h40 - 17h00
Palestra: Musicoterapia: Uma estratégica de produção de subjetividade em saúde mental
Palestrante: Marly Chagas (UFRJ)
17h00 - 17h20
Confraternização de Encerramento
Apresentação: Orlando (Cancioneiros)

Palestrantes do Evento

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Mia Kurtti - Finlândia

Membro do Institute for Dialogic Praé enfermeira MSc, formadora e supervisora em Terapia Familiar e Diálogo Aberto. Ela trabalha em serviços de saúde mental como enfermeira na Lapônia Ocidental, Finlândia, desde o início de 2000, com os usuários e suas redes. Durante a última década, ela foi formadora em vários programas internacionais de Open Dialogue/ Dialogical Collaboration - Training.
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Jen Kilyon - Inglaterra

Jen Kilyon seguiu carreira na educação com envolvimento como membro da família no sistema de saúde mental. Trabalha como instrutora e consultora em organizações como o Departamento de Saúde, o Royal College of Psychiatrists, o Mental Health Trusts e como professora de instituições de ensino superior.
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Peter Kinderman - Inglaterra

Peter é professor de Psicologia Clínica na Universidade de Liverpool e psicólogo clínico consultor honorário do Mersey Care NHS Trust.
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Celina Vilas-Boas - Portugal

Psicóloga, acompanha pessoas com experiências de realidade alterada ou não consensual em prática privada.

Em 2016, ajudou a lançar o primeiro grupo de ouvidores de vozes em Portugal e tem, desde aí, se dedicado a construir e divulgar o Movimento. Desde 2020 participa também na criação da Horizonte, uma cooperativa de cuidados que pretende ser um espaço de encontro e construção entre pessoas com experiência vivida e profissionais.
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Raquel Carvalho - Portugal

Licenciada em Psicologia, facilita desde 2022 o grupo de apoio a familiares e amigos e o grupo de expressões do Movimento Ouvir Vozes Portugal.
Desde 2006 que tem experiências de realidade alterada.
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Marly Chagas - UFRJ

É professora adjunta da UFRJ,na graduação de Musicoterapia. Doutora (2007) e mestre (2001) em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2001). Especialista em Psico-oncologia (2001) Graduada em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense (1977), em Musicoterapia - Conservatório Brasileiro de Música - Centro Universitário (1978), em Licenciatura em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense (1976). Foi pró reitora acadêmica do CBM-CeU de julho a novembro de 2014. É supervisora técnica musicoterapeuta nas áreas de Musicoterapia em Comunidades e Hospitais.. Ocupa o cargo de presidente da União Brasileira das Associações de Musicoterapia na gestão 2021-2022. Parecerista da Revista Brasileira de Musicoterapia; e da Comissão SUS, da UBAM.
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João Gabriel Trajano Dantas - UECE

Doutorando em Terapia Ocupacional pela Universidade Federal de São Carlos, Mestre em Educação e Saúde na Infância e Adolescência pela Universidade Federal de São Paulo, professor temporário do curso de terapia ocupacional da Universidade Estadual do Ceará. Colaborou no processo de desinstitucionalização em Sorocaba, atuou como terapeuta ocupacional em diferentes pontos da Rede de Atenção Psicossocial - CAPS Geral III, CAPS AD II, NASF e como supervisor de uma residência terapêutica.
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Marcelo Kimati - UFPR

Possui graduação em medicina pela Universidade Estadual de Campinas (1996), mestrado em Ciências Médicas pela Universidade Estadual de Campinas (2002) e doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (2007). Possui experiência em antropologia, saúde mental, saúde coletiva, gestão em saúde pública e política de álcool e drogas. Atuou como assessor na Coordenação de Saúde Mental (Ministério da Saúde), Diretor de Saúde Mental e Política de Drogas em Curitiba. Atualmente atua como professor Saúde Coletiva UFPR, coordena o Núcleo Interdisciplinar de Estudos Sobre Drogas (NIED) da UFPR com campo de pesquisa nas áreas de saúde mental, medicalização e sistemas de saúde.
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Bruno Emerich - UNICAMP

Possui graduação em psicologia pela UNESP/Assis(2005), Aprimoramento em Saúde Mental pela UNICAMP (2007), Mestrado em Saúde Coletiva pela UNICAMP (2012) e Doutorado em Saúde Coletiva pela UNICAMP (2017). Profissional de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão - PAEP (UNICAMP), Professor, Supervisor e Orientador de TCC do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental (UNICAMP). Orientador do Mestrado Profissional em Saúde Coletiva: Políticas e Gestão em Saúde (DSC/UNICAMP) e do Mestrado em Saúde Coletiva (DCS/UNICAMP). Professor e membro do NAPED da São Leopoldo Mandic/Araras, Coordenador do Curso de Especlalização em Saúde Mental e Saúde Coletiva da São Leopoldo Mandic/Campinas.
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Sabrina Stefanello - UNICAMP

Médica Psiquiatra, Mestre e Doutora em Ciências Médicas pela Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP. Pós-doutorado em Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP e Pós-doutorado no Departamento de Artes e Ciências Sociais da Universidade de Montreal (Quebéc-Canadá). Tem experiência em pesquisa, reabilitação e inclusão social de egressos de hospitais psiquiátricos, em prevenção do suicídio e ensino de psiquiatria. Atua como professora da Universidade Federal do Paraná, membro do Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva (NESC), orienta alunos da graduação, pós-graduação, com projeto de extensão voltado para redução do estigma e estímulo à cidadania na área de saúde mental. Mãe do Gael em 2015. 
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João Vitor Ribas Campos

Cursando 3°Ano Bacharel em Educação Física. Atleta de Karatê (faixa verde).
Participou de dois Eventos de Karatê (lutas) sendo vencedor dos dois.
Atualmente trabalha na Secretaria de Esportes do Município de Fazenda Rio Grande, como estagiário.
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Helena Cortes - UFSC

Enfermeira pela Universidade Federal de Pelotas , aperfeiçoamento em Formação de pessoal em Reabilitação Psicossocial pela Università degli Studi di Torino - Itália, mestrado em Ciências pela Universidade Federal de Pelotas (2011) e doutorado em Ciências pela Universidade de São Paulo . Atualmente é professora doutora no Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina. Docente do Programa de Pós-Graduação em Saúde Mental e Atenção Psicossocial – Mestrado Profissional (MPSM) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
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Deivisson Vianna - UFPR

Médico, Psiquiatra, Mestre e Doutor em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) com período sandwich na Université de Montréal (UnM). Pai do Gael. Atualmente é docente adjunto do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Paraná (UFPR), pesquisador permanente dos programas de pós-graduação em Saúde Coletiva e Saúde da Família nesta mesma universidade e Vice Presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva. Trabalhou na supervisão e gestão em diversos equipamentos de saúde de Campinas-SP (2005 a 2013), onde foi Coordenador Municipal de Saúde Mental (2009-2011). Tambem, coordenou a municipalização e reestruturação dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) de Curitiba-PR (2014-2017).
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Dione Maria Menz – UFPR

Professora Titular do Setor de Educação Profissional e Tecnológica (SEPT) da Universidade Federal do Paraná. Doutora em Educação pela UFPR (2021). Mestra em Psicologia pela Universidade Tuiuti do Paraná (2012) , especialista em Saúde Mental Comunitária pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (1996). Graduada em Psicologia (1994) e em Enfermagem e Obstetrícia (1987) pela Universidade Federal do Paraná. Coordenadora do Projeto de Extensão "Luto e Prevenção do Suicídio", vice coordenadora do Projeto de Pesquisa "Centro Regional de Referência para Formação em Políticas Sobre Drogas UFPR (CRR)". Pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisa Professor Escola e Tecnologias Educacionais (UFPR) e do Laboratório de Psicopatologia Fundamental (UFPR).
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Emiliano Camargo - PUC-SP

Doutorando em Psicologia Social (PUC - SP / Bolsista CNPq); Mestrado em Psicologia Social (PUC - SP / Bolsista CNPq, 2018). Dissertação - Saúde Mental e Dimensão Étnico Racial: A Atuação de um Centro de Atenção Psicossocial II Infantil; Especialização Lato Sensu em Psicopatologia e Saúde Pública (FSP/USP, 2014). Monografia - A Violência do Racismo e os Possíveis Efeitos no Corpo Negro. Graduação em Psicologia - Bacharelado e Formação de Psicólogo (USJT, 2008). TCC - Preto no (Lugar de) Branco? Ascensão Social do Negro e Preconceito Racial; Áreas de Atuação: Integrante do Instituto AMMA Psique e Negritude; Membro do Grupo de Trabalho Racismo e Saúde da Associação Brasileira de Saúde Coletiva - ABRASCO.
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Nazareth Malcher - UnB

Graduação em Terapia Ocupacional (UEPA /1993), Especialistaem Saúde Mental (UnB, 2009 - Reconhecimento CREFITO 12), Mestre em Psicologia Clínica e Cultura (IP/UnB, 2010) e Doutora no Ensino em Saúde (IP/UnB, 2016). Pós-doutorado em Psicologia Fenomenológica pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia UFPA e no Departamento de Politica e Ciências Sociais na Universidade de Turim (Itália). Docente do Curso de Terapia Ocupacional na Faculdade Ceilândia, Universidade de Brasília. Docente no Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP/UFPA), linha de pesquisa "Fenomenologia: Teoria e Clínica". Participa do corpo editorial da Revista Nufen: Phenomenology and interdisciplinarity.
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Daniel Goulart - UnB

Psicólogo pela Universidade de São Paulo, Bacharel Especial em Pesquisa pela Universidade de São Paulo, Mestre em Educação pela Universidade de Brasília e Doutor em Educação pela Universidade de Brasília (com Doutorado sanduíche realizado no Discouse Unit em Manchester, Reino Unido). Professor Adjunto do Departamento de Teoria e Fundamentos da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (TEF/FE/UnB). Professor Colaborador do Mestrado em Psicologia do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB).
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Míriam Regina Machado 

É professora infantil, alfabetizadora e comerciante. Nascida em Brasília, hoje vive em Alexânia, no interior de Goiás. Desde os 18 anos de idade, é diagnosticada com transtorno bipolar. Já pssou por diversos tipos de tratamento e experiências no campo da saúde mental, da internação em antigos manicômios aos cuidados em centros de atenção psicossocial. É autora do livro "A alma por trás do transtorno bipolar: uma autobiografia em crônicas" (EncantArte, 2018). 

Tópicos a serem discutidos

  • 1) O que nós fazemos ao invés de diagnosticar as pessoas?

    O PTMF (Power Threat Meaning Framework - Poder, Ameaça e Significado) desafia a forma como o modelo biomédico da psiquiatria aborda as formas de sofrimento psíquico, comportamentos perturbados e perturbadores que usualmente são considerados como sintomas de alguma “doença mental”.

    Pois bem: “Ouvir a história que nos é narrada”. Ao narrar a sua história o sujeito está nos respondendo às seguintes questões: “o que lhe aconteceu?”, “como o ocorrido lhe afetou?”, “que sentido foi dado ao ocorrido?”, “o que foi feito, que respostas foram dadas?”, e, finalmente “quais os recursos disponíveis para resolver o problema?”. São as questões que o PTMF sugere que sejam colocadas para se entender o “sofrimento psíquico” e agir para o enfrentar.

    Você deve estar se perguntando em que esse Modelo difere dos modelos de diagnóstico psiquiátrico ou mesmo psicológico. Essa pergunta é muito boa. É por isso que as autoras (Boyle & Johnstone, 2020, p. 127-128) nos alertam para os seguintes aspectos:

    - O efeito da atração exercido pela narrativa dominante do diagnóstico psiquiátrico e seu contexto mais amplo de suposições das ciências naturais.
    - A contradição inerente em combinar narrativas do diagnóstico psiquiátrico com as narrativas psicológicas.
    - O papel dos discursos, especialmente aqueles de gênero, classe, etnia e medicalização do sofrimento psíquico, e como esses discursos podem permitir que o significado dos outros sejam impostos.
    - Os impactos do poder coercitivo, legal e econômico.
    - A natureza e impacto das desigualdades nos ambientes psiquiátricos.
    - A prevalência de abusos do poder interpessoal dentro das relações.
    - O papel do poder ideológico, expressado através das narrativas e suposições acerca do individualismo, realização, responsabilidade pessoal, papeis de gênero, e assim por diante.
    - O papel mediador das respostas de base biológica às ameaças.
    - A importância de se entender a função e o propósito das respostas às ameaças.
    - Os sentidos culturais específicos, sistemas de crenças e formas de expressão.
  • 2) Suporte alternativo na intervenção à crise:

    Como nós respondemos as pessoas em momentos críticos em suas vidas podem ter uma influência significativa sobre a sua capacidade para responder e gerenciar o que está acontecendo com usuários, como eles se prepararam para seu futuro e sua recuperação.

    Durante a apresentação iremos discutir os princípios fundamentais de uma equipe de crise.

    O objetivo do Serviço Equipe de crise é ofertar um trabalho flexível, competente e proativo, operando no domicílio.

    O cuidado está ligado diretamente as questões: familiares, infraestrutura do domicílio e à oferta de diversas intervenções.
  • 3) Saúde mental e a comunidade:

    Uma das proposições dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), serviços substitutivos de assistência à saúde mental de base comunitária e territorial, , é a intervenção no contexto de vida dos usuários, buscando explorar os recursos existentes para a viabilização dos projetos terapêuticos, os quais devem possibilitar transformações concretas no cotidiano.

    A palestra vai discutir as possibilidades das práticas territoriais na produção de mudanças no cotidiano dos usuários. Compreender a representação que a equipe multiprofissional tem sobre "território" e "serviço de saúde mental de base territorial". 
  • 4) Estrutura, vínculo e rede de apoio da família de um usuário: 

    Os autores iniciam o artigo encalecendo o que estão considerando como família, um “sistema aberto interconectado com outras estruturas sociais.”

    A família não se resume a laços sanguíneos, estendendo-se a todos aqueles com quem a pessoa possa compartilhar relações de cuidado, vínculos afetivos, de convivência e parentesco.

    Em relação ao contexto de cuidado em saúde mental, os familiares desenvolveram um papel colaborativo no cuidado e assistência da pessoa em sofrimento psíquico, através do auxílio em atividades cotidianas, desde o autocuidado, passando pelo lazer, até ajudando no trabalho e inserção social do sujeito, entre outras atividades. Entretanto, a família pode sentir dificuldades em assumir esse papel, por motivos de sobrecarga, gastos financeiros, agressividade do familiar, etc.
  • 5) Ouvir vozes em si não é sintoma de uma doença:

    Assim como acontece com outras questões que envolvem a saúde mental das pessoas, o ouvir de vozes também se tornou um sinônimo de estigma social, visto que aquele que se autodeclarar um ouvidor, logo pode ser taxado como louco.
     
    Mas, na realidade, nenhum caso pode ou deve ser tratado dessa forma. Aquilo que se vem mostrando, com o tempo e estudos diversos, é que existe uma nova forma de se pensar a experiência de se ouvir vozes.

    Grupos de pesquisadores e instituições que tratam sobre o tema têm unido esforços em função da desconstrução dessa ideia de que ouvidores de vozes são, por exemplo, em alguma instância, esquizofrênicos.

    Baseados na concepção de que as vozes, na realidade, dizem alguma coisa sobre aquele que as ouve, esse movimento mundial lida com o entendimento de suas mensagens, visa trazer autonomia para essas pessoas diante daquilo que experienciam, e é sobre esse universo que iremos abordar nesta palestra.
  • 6) Estigma e preconceito à dura realidade na saúde mental:

    O estigma relacionado com a transtornos mentais provém do medo do desconhecido, de um conjunto de falsas crenças que origina a falta de conhecimento e compreensão.

    Com esta palestra, procura-se que haja uma melhoria do conhecimento, desmistificando falsas crenças e estereótipos e fornecendo novos dados acerca da doença mental e das pessoas que dela sofrem.
  • 7) Abordagens etnoculturais na saúde mental:

    A outra razão para o trauma racial ser único é que está relacionado com os ataques comunitários que as pessoas minoritárias (particularmente as pessoas de cor) recebem, mesmo que os perpetradores possam não ter a intenção de atacar pessoas. Podem ou não ser intencionais, mas estão sob a forma de micro agressões.

    Estas experiências incluem ataques, mas também quaisquer ameaças de danos ou ferimentos. Além disso, quando as pessoas são testemunhas de ataques quando os ataques são perpetrados contra outras pessoas de cor, chamamos a isso trauma racial indireto.

    Não podemos medicalizar o trauma racial porque, mais uma vez, é diferente de uma situação médica como o transtorno de estresse pós-traumático. Porque as origens, ou as raízes, do trauma racial, têm a ver com a história, com a opressão, e com questões sociopolíticas. Estas são as áreas que precisamos de abordar em um nível mais coletivo.

    Os terapeutas que trabalham com pessoas com trauma racial precisam de estar ligados ao que se passa – as questões sociais, políticas, econômicas e sistêmicas da sociedade – porque neste momento fazer terapia não se trata apenas da pessoa que vem ao consultório e do que está a acontecer entre as quatro paredes.

    Fazer terapia é também ajudar os clientes a viverem uma vida mais saudável fora da sala de terapia. É por isso que o profissional precisa de saber o que se está a passar fora dessas quatro paredes.
  • 8) Autoajuda e suporte em pares: Enik Recovery College:

    Localizado na cidade holandesa de Utretch, o Enik Recovery College é um espaço de desenvolvimento pessoal, aprendizado e enfrentamento das dificuldades vividas por seus participantes, construído com base em princípios não convencionais do tratamento em saúde mental.

    Trazendo as pessoas para estarem juntas enquanto enfrentam suas dificuldades particulares, seu foco em fazê-las aprender e superar seus desafios de forma conjunta, em constante compartilhamento de experiências, dá a forma que a instituição busca ter em decorrência de seus tratamentos.

    A união das pessoas guia o apoio trocado, visando a autonomia, a mudança positiva e a retomada de uma vida saudável para todos.
  • 9) Projetos inovadores nos CAPS:

    Diálogo aberto: o envolvimento da família e amigos no cuidado da saúde mental em Carmo do Cajuru-MG: No Centro de Atenção Psicossocial (CAPS I) do pequeno município mineiro de Carmo do Cajuru, cuja população gira em torno de 22 mil habitantes, as equipes de saúde mental criaram novas estratégias de cuidado em meio ao contexto desfavorável da pandemia.

    Através de um método denominado Diálogo Aberto, outras possibilidades de olhar o paciente com transtorno psíquico foram sendo desenhadas, envolvendo a redução do uso excessivo de medicamentos, a interação com as famílias e rede social da pessoa, o empoderamento de ex-usuários, com formação de suportes interpares, e a desconstrução de estereótipos.

    Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) III Brasilândia, São Paulo, Brasil: O centro também realiza atividades e eventos na comunidade usando espaços públicos como parques, centros comunitários de lazer e museus.

    Uma vez cadastrados como usuários do CAPS, os usuários do serviço desenvolvem um plano de atendimento individual (Projeto Terapêutico Singular (PTS)) com seu médico de preferência. O PTS mapeia a história, necessidades, rede social e apoio de uma pessoa.

    Eles são apoiados na identificação de suas necessidades e desejos, projetos de vida são discutidos e estratégias de cuidado e apoio com responsabilidades compartilhadas.

    O PTS é revisado regularmente pelo profissional de referência e pelos membros da equipe que trabalham de forma mais consistente com o usuário do serviço.

Perfil do
Público alvo


Trabalhadores e estudantes da área da saúde e saúde mental;
usuários e seus familiares; 

Os objetivos do congresso contemplam:

Potencializar as parcerias entre trabalhadores, usuários(as) dos serviços, suas famílias e comunidades;

Discutir e divulgar experiências inovadoras que vem produzindo mudanças significativas no campo da saúde mental no Brasil e em outros lugares do mundo;

Implementar estratégias de desinstitucionalização com foco em recovery e inclusão;

Criar oportunidades online para troca de idéia e discussão de outras opções para o avanço no cuidado em saúde mental, incluindo examinar o uso de medicamento como condição do tratamento em saúde mental;

Submissão de Trabalho Científico

  • O IV Congresso Online Internacional Boas Práticas em Saúde Mental encerrou as submissões de trabalhos científicos, por esta via de inscrição.

Temáticas

  • 1. Novas Abordagens em saúde mental;
    2. Estratégias coletivas de cuidado em SM;
    3. Práticas alternativas a medicalização;
    4. Sentimentos suicidas;
    5. Boas práticas no CAPS;
    6. Ouvir Vozes;
    7. Atenção à crise;
    8. Arte e Musicoterapia;
    9. Saúde Mental na Atenção Básica.

Normas

  • - Cada participante poderá submeter um único resumo como autor-relator para apresentação, mas poderá estar como co-autoria em outros trabalhos.

    - O prazo final para submissão de trabalho vai até o dia 10/02/2023. O parecer será enviado até 15 dias após o envio, no email do autor que enviou o trabalho.

    - Deverá(ão) ser encaminhado(s) o(s) arquivo(s) com o(s) resumo(s) e identificação de autoria. Número máximo de 5 autores.

    - O objetivo é a discussão de temas relevantes no campo da saúde mental e boas práticas em saúde mental, no sentido de suscitar debates e estimular a troca de experiências entre os participantes.

    - A formatação dos trabalhos (resumo) deverá ser a seguinte:

    Resumo: O resumo deve ser constituído de um único parágrafo de texto. Tamanho entre 1.500 a 2.500 caracteres (incluindo os espaços entre palavras). O título não conta no número de caracteres.

    Formatação do Resumo: Título do trabalho: letras maiúsculas; Nome do(os) autor(es): letras maiúsculas/minúsculas; Palavras chaves: máximo de três.
  • O Bate-papo online tem as seguintes características:

    1. O objetivo é a discussão de temas relevantes no campo da Saúde Mental no sentido de suscitar debates e estimular a troca de experiências;
    2. O Facilitador controlará o tempo de exposição e vai ajudar na conversa;
    3. O apresentador pode utilizar slides;
    4. Os trabalhos aprovados terão seus resumos publicados nos anais eletrônicos do Congresso;
    5. Vamos criar salas online pelo Zoom. Faltando 10 dias para o evento vamos enviar o link da sala e as informações para o acesso;
    6. O tempo para expor o relato é de 10 minutos. Ao final das fala vai ter tempo para conversa entre os participantes.

    Para o trabalho ser publicado nos anais e receber o certificado de trabalho é necessário que TODOS os autores e coautores estejam inscritos no congresso.
Faça a submissão do seu resumo e o apresente no Congresso:

Comissão 
Organizadora  Apoio

  • Nascido em 2014, o Centro Educacional Novas Abordagens Terapêuticas em Saúde Mental (CENAT) já realizou mais de 50 fóruns pelo Brasil todo, intercâmbios, cursos online na comunidade em saúde mental, Pós-Graduações e sites gratuitos (Blog CENAT), sempre buscando levar até as pessoas conteúdos de qualidade, que priorizem e valorizem a vida e a experiência do ser humano e o que há de mais enriquecedor no que diz respeito às novas abordagens em saúde mental no Brasil e no mundo.
Acesse o site e conheça mais sobre o CENAT:

Investimento
2º lote até 01/04/2023


Congresso


Estudantes: R$ 80,00

Profissionais e Interessados na Temática: R$ 100,00

Acesso aos 3 dias do Congresso e à sua certificação
Palestras
Tradução consecutiva Inglês-Português
Brinde Online
Gravação do Congresso após o evento
Certificado com carga horária de 30h





Congresso + Curso


Estudante e Profissional: R$ 187,00

Acesso aos 3 dias do Congresso e à sua certificação
Palestras
Tradução consecutiva Inglês-Português
Brinde Online
Gravação do Congresso após o evento
Certificado com carga horária de 30h
Acesso ao curso online e com certificação "Construção do Projeto Terapêutico Singular" - Carga Horária 30h"


*As inscrições são limitadas e podem terminar
antes das datas estabelecidas.

Formas de pagamento

  • - Cartão crédito em até 12 vezes (Com Juros)
    - Boleto

O que está incluso na inscrição:

  • - Acesso às palestras;

    - Tradução consecutiva do Inglês-Português (Realizando sua tradução após alguns segundos ou entre as pausas do orador, a tradução consecutiva não requer uso de equipamentos especiais); 

Grupos têm desconto

  • - Grupos acima de 10 a 20 pessoas têm desconto de 10% no valor do lote vigente.
     
    - Grupos acima de 20 pessoas têm desconto de 15% no valor do lote vigente. 

    Enviar e-mail para atendimento@cenatcursos.com.br

Importante

  • Em caso de arrependimento do pagamento do valor da taxa de inscrição no evento, o reembolso do valor correspondente será efetuado caso a solicitação seja feita no prazo de até 7 (sete) dias a contar da data do pagamento, desde que realizado o pedido de devolução com, no máximo, 48 (quarenta e oito) horas de antecedência do horário de início do evento. Essa solicitação deve ser feita pelo titular da compra através do e-mail atendimento@cenatcursos.com.br

+2.476

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Dúvidas frequentes

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Não recebeu o seu e-mail de confirmação da inscrição?

Caso não tenha recebido o ingresso (ou inscrição) em seu e-mail, você pode acessá-lo a qualquer momento através do aplicativo da Doity.
Ou se preferir podes entrar em contato com nosso atendimento pelo e-mail: atendimento@cenatcursos.com.br

Posso transferir minha inscrição?

Trocas de titularidade poderão ser realizadas pelo titular da compra; basta enviar um email para: atendimento@cenatcursos.com.br

Será emitido algum certificado de conclusão?

Sim. Ao termino do evento, será disponibilizado um certificado de conclusão online com carga horária de 25 horas. O certificado não tem QRCODE, e possui o programa do evento.

Como acessar o meu certificado?

Você poderá efetuar o download do certificado diretamente no site da Doity, porém o mesmo só é disponibilizado caso o organizador já tenha efetuado a liberação na plataforma. Segue link de ajuda: https://ajuda.doity.com.br/pt-br/article/como-acessar-meu-certificado-wahc3n/

Posso cancelar a minha inscrição?

Sim! Em caso de arrependimento da compra, o reembolso do valor do ingresso somente será efetuado caso a solicitação seja feita no prazo de até 7 (sete) dias a contar da data da compra, e desde que realizado o pedido de devolução com, no máximo, 48 (quarenta e oito) horas de antecedência do horário de início do evento. Essa solicitação deve ser feita pelo titular da compra através do e-mail: atendimento@cenatcursos.com.br

Posso fazer o cadastro e fazer o pagamento depois?

Não. A inscrição só é confirmada após o pagamento, antes é apenas o cadastro e não garante a inscrição. Pagamento realizado via boleto bancário pode levar até 3 dias úteis para compensação. 

Vou submeter um trabalho preciso fazer a inscrição antes de sair o parecer?

Não. Você pode submeter o trabalho para avaliação do parecerista e fazer a inscrição após o envio do parecer. Após aprovado é obrigatório que todos os autores e coautores estejam inscritos no congresso.

Os trabalhos são publicados nos Anais?

Sim. Todos os trabalhos aprovados, inscritos e apresentados no congresso serão publicados nos anais com o selo ISBN.

O congresso será online e terá gravações?

Sim. O congresso será ao vivo e online, não é vídeo aula, não é gravação.
Sim. O congresso será gravado e as gravações serão disponibilizadas em até 7 dias úteis após o mesmo acontecer no e-mail dos inscritos. 

O congresso aceita pagamento de inscrições por empenho?

Sim, O pagamento de inscrição por Nota de Empenho destina-se ao participante do evento, de qualquer categoria (profissionais, estudantes, militantes de movimentos sociais, usuários ou familiares), o qual terá sua inscrição custeada por instituição pública ou privada, optante por esta modalidade de pagamento. Trata-se de uma modalidade de inscrição destinada exclusivamente para pessoa jurídica. Para realizar a inscrição nesta modalidade, basta entrar em contato com o atendimento do CENAT pelo e-mail: atendimento@cenatcursos.com.br e informar sobre a realização de inscrição por Nota de Empenho. 

Até quando posso solicitar o pagamento de inscrição por empenho?

O congresso estará aceitando inscrições por Nota de Empenho até 15 dias antes do evento. 
Após este período não será mais aceito solicitações de inscrições nesta modalidade, devido aos processos administrativos que as mesmas exigem. 

Ainda tem alguma dúvida?

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    Para tirar dúvidas sobre a inscrição do curso: (47) 99242-8886