• O III Congresso Online Internacional: Saúde Mental e Direitos Humanos das Populações Vulnerabilizadas, pretende-se discutir a Saúde mental das Populações Vulnerabilizadas: desafios e potencialidades na utilização do referencial dos Direitos Humanos. Trata-se de um Congresso Online sobre a teoria e a prática em saúde mental.

    Na saúde mental, é importante reconhecer a vulnerabilidade individual, social e programática relacionada às pessoas com transtornos mentais e usuários de drogas, que enfrentam restrições ao exercício de seus direitos civis e políticos, e de sua possibilidade de participar na esfera pública. Deparam-se, também, com dificuldades de acesso aos serviços de saúde, e enfrentam barreiras até desproporcionais de acesso à educação e oportunidades de trabalho.

    Alguns grupos da população são mais vulneráveis que outros. Outros sim, grupos vulneráveis compartilham desafios comuns relacionados à sua posição social e econômica, apoio social e condições de vida, incluindo: enfrentamento de estigma e discriminação; vivência de situações de violência e abuso; restrição ao exercício de direitos civis e políticos; exclusão de participação na sociedade; acesso reduzido aos serviços de saúde e educação; e exclusão de oportunidades de geração de rendas e trabalho. Estes fatores interagem entre si, levando à diminuição de recursos e ao aumento da marginalização e vulnerabilidade das pessoas afetadas, gerando impacto no seu bem estar e na sua saúde mental.

    O Congresso têm por objetivo promover um espaço de debates e trocas de experiências entre pessoas e organizações que vêm construindo novas práticas em saúde mental, com enfoque nos Direitos Humanos da pessoa que vivência.

    Você está preparado para viver tudo isso no formato Online e Ao vivo. Participe do Congresso em Saúde mental, ao vivo, online e da sua casa. Não é vídeo aula, não é gravação é um Evento online Ao vivo.

    A idealização desse Congresso advém de articulações entre profissionais de saúde, professores, da IMHCN (International Mental Health Collaboration Network), do CENAT (Centro Educacional Novas Abordagens Terapêuticas), organizações sociais, usuários e familiares.

PROGRAMAÇÃO 

19 de agosto de 2022

8h30 - 8h45
Início Congresso
Cerimônia Boas Vindas
8h45 - 10h10
Palestra: Rumo a uma Abordagem de Direitos Humanos para a Saúde Mental
Palestrante: Dainius Pūras (Lituânia)
10h20 - 11h20
Palestra: Ação comunitária, saúde mental e subjetividade
Palestrante: Daniel Goulart (UNB)
11h30 - 12h45
Palestra: Saúde Mental da População Indígena
Palestrante: Edilaise - Nita Tuxá (UFRR)
12h45 - 14h00
Intervalo para Almoço
Intervalo para almoço até 14h00
14h00 - 15h30
Mesa Redonda: Como seriam os cuidados de saúde mental antirracistas?
Palestrantes: Shenia Karlsson e Rachel Gouveia (UFRJ)
15h40 - 16h30
Palestra: Sentidos e Práticas de Saúde Mental em Comunidades Quilombolas
Palestrante: Charlene Bandeira 
16h40 - 18h00
Mesa Redonda: Saúde Mental da População Idosa, Direitos Humanos e 
Políticas Públicas
Palestrantes: Priscilla Paccitto e Ludgleydson Fernandes (UFPI) 

PROGRAMAÇÃO
 
20 de agosto de 2022

8h30 - 8h45
Início Congresso
Cerimônia Boas Vindas
8h45 - 10h00
Palestra: O desrespeito dos Direitos Humanos e o adoecimento psíquico das mulheres
Palestrante: Melissa Oliveira 
10h10 - 11h30
Mesa Redonda: Sofrimento psíquico na população LGBTQIA+: Impactos do estigma e preconceito
Palestrantes: Andre Rivas (Argentina) e Claudio Mann (IPUB/UFRJ) 
11h40 - 13h00
Apresentação de Trabalho
Momento para apresentação de trabalhos científicos.
13h00 - 14h00
Intervalo Almoço
Intervalo para almoço até 14h00
14h00 - 15h30
Palestra: Abordagem Baseada em Direitos à Saúde Mental para o Aconselhamento do Estudante Universitário
Palestrante: Jim Probert (EUA)
15h40 - 17h00
Mesa Redonda: Movimento de luta em defesa da população em situação de rua e seus projetos sociais que promovem saúde mental
Palestrantes: Aline Salles (Coletivo Voz das Manas) e André Schafer (Agro Rua)
Mediador: Gilsenei Tavares
17h00 - 17h15
Confraternização de Encerramento
Atividade Cultural e Fotos

PALESTRANTES

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Dainius Pūras - Lituânia
Professor e Chefe do Centro de Psiquiatria Infantil e Pediatria Social da Universidade de Vilnius, e leciona na Faculdade de Medicina, Instituto de Relações Internacionais e Ciências Políticas e Faculdade de Filosofia da Universidade de Vilnius, Lituânia. Ele também é Professor Visitante da Universidade de Essex (Reino Unido) e Visitante Distinto do O'Neill Institute for National and Global Health Law, Universidade de Georgetown (EUA). Como médico, ele atua como consultor no Centro de Desenvolvimento Infantil, no Hospital Universitário de Vilnius. Dainius Pūras é um defensor dos direitos humanos que esteve ativamente envolvido nos últimos 30 anos no processo de transformação das políticas e serviços de saúde pública, com foco especial nos direitos das crianças, pessoas com deficiência mental e outros grupos em situação de vulnerabilidade. 
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Shenia Karlsson - Brasil/Portugal
Psicóloga Clínica Membro Efectivo da OPP- Ordem do Psicólogos de Portugal, Mestre em Estudos Africanos no ISCSP – Instituto Superior de Ciências Políticas e Sociais na Universidade de Lisboa, Pós-graduada em Psicologia Clínica na área de família e casal pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Pós graduanda em Sexologia Clínica Avançada pelo Instituto Português de Psicologia e outras Ciências e Graduação em Psicologia no Instituto Brasileiro de Medicina e Reabilitação IBMR. Exerce uma Psicologia voltada para a diversidade e livre do engessamento tradicional, uma prática interseccional comprometida com as mudanças sociais. Racismo, sexismo, xenofobia, homofobia e outras formas de discriminação são violências sociais que causam sofrimento psíquico, sendo assim demandas terapêuticas à serem tratadas com respeito. Tem se dedicado a pesquisa e a prática de uma clínica voltada a diversidade e com isso a honra em ajudar sujeitos (MULHERES, HOMENS, TRANS, COMUNIDADE LGBTI+ E AFINS) a construir novos caminhos em diversas cidades do mundo, brasileiros radicados nos cinco continentes, europeus e africanos de países de língua portuguesa.
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Jim Probert - EUA
Psicólogo Licenciado/Professor Associado Clínico/Coordenador, Apoio de Pares na Universidade da Flórida. Trabalha como terapeuta individual e é coordenador dos programas de apoio aos pares da UF. Essa função inclui o fornecimento de treinamentos profissionais baseados em direitos e co-facilitação de grupos de apoio de colegas, incluindo Apoio Intencional de Pares, Plano de Ação de Recuperação de Bem-Estar e Apoio Experiencial de Pares. Seu artigo de 2021, “Moving Towards a Human Rights Approach to Mental Health”, publicado no Community Mental Health Journal, destaca uma descrição detalhada desses programas CWC. Antes de trabalhar na UF, Dr. Probert foi coordenador de treinamento no Alachua County Crisis Center de 1996-2001.
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Andre Rivas - Argentina
Andre Rivas (ele) é um defensor dos direitos humanos LGBTQIA+. É advogado e mestre em geopolítica e estratégia. Presidente de Várias Famílias. Co-presidente da Sociedade Civil Argentina na Coalizão pela Igualdade de Direitos durante o período 2020-2022. Membro da Coalizão Global “Fora das Margens”. Becarie da OutRight International no Programa das Nações Unidas para combater o ódio às pessoas LGBTQIA+. Membro do Grupo de Interesse LGBTQIA+ da ONU.
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 Edilaise (Nita Tuxá) - UFRR
Pesquisadora Indígena, também conhecida como Nita Tuxá, atualmente é professora substituta no Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena na Universidade Federal de Roraima. Graduada em Psicologia pela UNIVALE (2011); Mestra em Antropologia Social pela UFRR (2018); Pós-graduada em Terapia Cognitivo-comportamental pela Capacitar (2016); Especialista em Saúde Indígena pela UNIFESP (2014). Pesquisas e Experiências profissionais nas áreas de: Saúde Mental; Atenção Psicossocial; Saúde Mental Indígena; Psicologia Social e Comunitária; Psicologia da Saúde; Psicologia Clínica; Abordagem da Terapia Cognitivo-comportamental; Antropologia Social; Etnologia Indígena; Saúde coletiva e política públicas.
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Rachel Gouveia - UFRJ
Pós-Doutoranda em Direito na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Professora Adjunta lotada no Departamento de Métodos e Técnicas da Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Política Social da Escola de Serviço Social da Universidade Federal Fluminense e pesquisadora dos seguintes grupos/núcleos de pesquisa: Grupo de Pesquisa Experiências de Trabalhadoras e Trabalhadores no Estado do Rio de Janeiro da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ/CNPq); Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Saúde Mental (NEPS/UERJ/CNPq) e Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Serviço Social e Saúde (NUEPSSS/UFF/CNPq).
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Melissa Oliveira 
Doutora e Mestre em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (2013) e especialista em Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa pela mesma instituição, possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2007). Atua principalmente nos seguintes temas: saúde pública, saúde mental e gênero.
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Daniel Goulart - UNB
Professor Adjunto de Psicologia da Educação do Departamento de Teorias e Fundamentos da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (TEF/FE/UnB). Doutor em Educação da Universidade de Brasília (FE-UnB), com período sanduíche no Discourse Unit (Manchester,Reino Unido/CAPES). Mestre em Educação pela Universidade de Brasília (FE-UnB), Psicólogo pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FFCLRP-USP) e Bacharel Especial em Pesquisa pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FFCLRP-USP).
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Claudio Mann - IPUB/UFRJ
Possui graduação em Enfermagem e Obstetrícia , Doutorado em Ciências pela ENSP da Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ e Mestrado em Enfermagem pela UFRJ . Especialização em Saúde Mental realizada no IPUB/UFRJ (1998) e Especialização em Gênero & Sexualidade realizada no Instituto de Medicina Social (IMS) da - UERJ (2011). Acumula experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Saúde Mental e prevenção e assistência das DST/AIDS na Saúde Mental, estigma e pesquisa. Desde 1996 é Coordenador da "Oficina de Saúde e Sexualidade", do IPUB/UFRJ, tendo ganhado vários prêmios com este trabalho. Consultor do Programa Nacional de DST/AIDS - Ministério da Saúde, realizando de 2001 a 2007, capacitações em todo Brasil para profissionais de Saúde Mental. De 2002 a 2012 foi Coordenador das Intervenções do Projeto Interdisciplinar em Sexualidade, Saúde Mental e AIDS - PRISSMA.
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Priscila Paccitto
Mestre em Psicogerontologia (2020), especialista em Saúde Mental pela Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), possui graduação em Psicologia pela Universidade de Mogi das Cruzes (2010). Experiência em ambulatório de saúde mental, atua em consultório terapêutico com idosos, casais e atendimento familiar. Participou do congresso Brasileiro de psicanálise em Serra Negra (SP), e dos fóruns internacionais em Saúde Mental nos estados do Rio de Janeiro, Curitiba, Manaus, Recife e São Paulo. Homenageada com o prêmio empreendedorismo feminino 2022.
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Ludgleydson Fernandes de Araújo - UFPI
Psicólogo, Doutor em Psicologia pela Universidad de Granada (Espanha) com período sanduíche na Università di Bologna (Itália), Mestre em Psicologia e Saúde pela Universidade de Granada (Espanha), Mestre em Psicologia Social e Especialista em Gerontologia pela UFPB. Professor orientador do Programa de Pós-Graduação (Stricto Sensu) em Psicologia da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar). Bolsista de Produtividade PQ-2 em pesquisa pelo CNPq.
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Charlene da Costa Bandeira
Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande (2020). Liderança da Comunidade Quilombola Macanudos, Integrante do Coletivo de Negras e Negros de Rio Grande Macanudos e Coletivo Quilombola FURG, membro da Coordenação Nacional de Estudantes Quilombolas (CNEIQ), membro do Programa de Ações Afirmativas FURG (PROAFF), Coordenadora adjunta do Grupo de Estudos PsicoQUILOMBOlogia - Do Quilombo Eu Vim e do Projeto Quilomboteca.
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Aline Silva de Salles
É membra do Movimento Nacional de Luta em Defesa da População em Situação de Rua de SC, já viveu em situação de rua e atualmente é redutora de danos, militante antirracista e antimanicomial. Aline foi homenageada em 2020 pela Câmara Municipal de Florianópolis-SC com a Medalha Antonieta de Barros, pelo seu trabalho em prol das mulheres e pessoas trans em situação de rua na cidade. Aline é a idealizadora do Coletivo Voz das Manas.
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André Schafer
É coordenador do Movimento Nacional de Luta em Defesa da População em Situação de Rua de SC, já viveu em situação de rua por 20 anos e hoje é militante antirracista e antimanicomial. André Schafer tem experiências como educador social e redutor de danos na cidade de Florianópolis e, através do movimento social, propôs diversos projetos que promovem lazer, cultura, saúde e cidadania à população em situação de rua em Florianópolis.
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Gilsenei Tavares
É ex integrante do Coletivo de Produção Integrada de Resistência Antimanicomial (Coletivo PIRA), apoiador do Movimento Nacional de Luta em Defesa da População em Situação de Rua de SC, mestrando em Saúde Coletiva pela UFSC, membro do Grupo de Pesquisa em Políticas de Saúde/Saúde Mental da mesma universidade, militante antimanicomial, psicólogo, acompanhante terapêutico e redutor de danos.

ATIVIDADES CULTURAIS

10 Passos para Construir um Poderoso Negócio

Yacunã é uma ativista e artista indígena pertencente ao povo Tuxá de Rodelas, extremo norte baiano. Graduanda em Letras Vernáculas com Língua Estrangeira moderna (Português e Espanhol) pela Universidade Federal da Bahia (ILUFBA), é ilustradora, desenhista, pintora e colagista. Destaca-se por suas ilustrações digitais que retratam, principalmente, as mulheres indígenas no exercício de existir, articulando estratégias de proteção do corpo, espírito e território.

10 Passos para Construir um Poderoso Negócio

Fabrine Reis é fotógrafo há aproximadamente 11 anos e há 3 anos artista plástico, 47 anos, casado e pai de 3 filhos, descobriu na fotografia autoral sua paixão. Utiliza problemas emocionais, sonhos e vozes internas para compor seus personagens.
Recentemente ganhou como melhor fotografia de retrato e melhor fotografia preto e branco do festival Brasília photo show 2020 e 2021.

10 Passos para Construir um Poderoso Negócio

Rafaela Fernandes de Oliveira é diretora da juventude quilombola do estado do Rio de Janeiro, ativista de direitos humanos, coordenadora de relações institucional e equidade social do Instituto Sol Nascente de Tamoios, Fundadora da Cogepir - Cabo Frio  (Coordenadoria geral de promoção da igualdade racial), cantora e compositora.



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Economia Solidária 
A Oficina Sol Coletivo Arte, Saúde e Economia Solidária traz os produtos confeccinados pela Geração POA - Oficina Saúde e Trabalho e Associação Construção.

Você é o nosso convidado especial para fazer parte desta rede solidária!

O Darcy Veira Gulart costuma dizer que, cada produto tem uma história!

Conheça o site da Oficina Sol: 

TÓPICOS A SEREM 
DISCUTIDOS NO EVENTO:

Da vulnerabilidade social à vulnerabilidade psíquica: Uma proposta de cuidado em saúde mental:

Entende-se que situações de vulnerabilidade social, contextos de violência e ambientes de conflito são fatores chave para o desencadear de problemas e dificuldades psicológicas.

A periferia, espaço diversas vezes excluído da agenda governamental, acaba sendo um terreno fértil para atividades prejudiciais a psique dessa faixa da população. Projetos são desenvolvidos visando afastar essas pessoas de situações de risco.


O objetivo da mesa é tratar dessas questões, visando ser um espaço para o pensar de projetos, soluções e melhorias no que concerne a vulnerabilidade social e suas consequências ao estado psicológico das pessoas mais vulnerareis.

1) O Impacto do Racismo na saúde mental:

A cada dez jovens que se suicidam no Brasil, seis são negros. O dado, de 2016, está em um levantamento do Ministério da Saúde e da UnB (Universidade de Brasília), divulgado no início de 2019.

Entre 2012 e 2016, a taxa de pessoas brancas entre 10 e 29 anos que tirou a própria vida permaneceu a mesma. Já entre jovens e adolescentes negros ela subiu, de 4,88 mortes para cada 100 mil, em 2012, para 5,88, quatro anos depois.

“Um dos grupos vulneráveis mais afetados pelo suicídio são os jovens e sobretudo os jovens negros, devido principalmente ao preconceito e à discriminação racial e ao racismo institucional”, afirma o estudo, baseado no Sistema de Informação sobre Mortalidade.

No Brasil, como nos Estados Unidos, há um movimento crescente que reivindica o reconhecimento do preconceito e da discriminação racial como importantes causadores de problemas psíquicos.

Trabalhos acadêmicos e profissionais da psicologia listam consequências como depressão, estresse e baixa autoestima entre os problemas sofridos por quem é vítima constante não só da agressão racista aberta, mas de uma estrutura social e cultural em que o negro frequentemente aparece inferiorizado e humilhado.


2) A saúde mental da população em situação de rua:

A população em situação de rua apresenta agravos à saúde física e mental e está exposta a condições que implicam em vulnerabilidades, mortalidade prematura, dificuldade de acesso a serviços e que requerem ações intersetoriais.

Os Consultórios na Rua, componentes da Atenção Básica em Saúde da Rede de Atenção Psicossocial, desempenham importante papel no cuidado a esse grupo.

Apesar dos limites apontados, o campo da saúde tem buscado alinhamento ao que é preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que propõe que se priorize o cuidado a grupos vulneráveis articulado ao exercício de direitos humanos e de cidadania.

No Brasil, a implementação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) busca superar a fragmentação das ações e serviços de saúde e ampliar os serviços para o acolhimento das pessoas em vulnerabilidade.

Reconhece a necessidade de desenvolver ações dirigidas à população em situação de rua, que considerem suas especificidades e contemplem a oferta de cuidados adequados em saúde mental.

3) A importância da linguagem e das narrativas em como entendemos nosso mundo e amenizamos nosso sofrimento:

Recentemente, junto com o especialista em arte e cultura Mark Kopua e o psiquiatra crítico Pat Bracken, ela publicou um artigo sobre essa abordagem na Transcultural Psychiatry . Seu trabalho pode ser visto como uma alternativa às intervenções farmaco-terapêuticas ocidentais que estão sendo atualmente promovidas em todo o Sul global através do movimento global de saúde mental.

Pesquisadores têm criticado a exportação de práticas psiquiátricas ocidentais, muitas vezes citando o famoso estudo da OMS que relatou melhores resultados para pessoas diagnosticadas com transtornos mentais no mundo em desenvolvimento. Sendo a única psiquiatra Ngati Porou (uma nação Maori) existente no mundo, trabalhando com uma população conhecida pelos seus resultados ruins de saúde mental, o trabalho de Kopua oferece uma visão sobre o que pode ser aprendido com métodos de cura locais, indígenas e tradicionais.

4) A interface entre saúde mental, gênero e violência:

A violência tem um efeito devastador sobre a autoestima da mulher.

A discriminação, os insultos verbais, os sentimentos de perda e os maus tratos, a degradação e a humilhação, características da violência contra a mulher, comprometem a autoestima feminina e
sua capacidade de reação e perpetuam o sentimento
de subordinação (Heise & Garcia-Moreno, 2002).

Estudos mostram ainda alguns estados emocionais que as situações de violência podem fomentar: “Tristeza, insegurança, sentimentos e pensamentos persecutórios, auto e heterodestrutividade, rebaixamento de autoestima, irritabilidade, labilidade, intolerância e agressividade passam a fazer parte do repertório emocional dos sujeitos envolvidos”.

Estes estados emocionais quando não devidamente acolhidos e redimensionados podem contribuir para aumentar as dificuldades no enfrentamento à situação vivida e até fomentar quadros psiquiátricos.

A associação entre o campo de estudos de gênero, saúde mental e violência foi abordada em um recente estudo de Santos (2009), no qual a autora questiona a “concepção reducionista e biologizante” na abordagem e atenção à saúde mental das mulheres.

5) Saúde Mental da população LGBTQIA+:

A sociedade estabelece, segundo Goffman (2004), os meios de categorizar as pessoas e o total de atributos considerados como comuns e naturais para os membros de cada uma dessas categorias.

Refere ainda que a estigmatização pode ser vista como uma forma de classificação social pela qual um grupo – ou indivíduo – identifica outro segundo certos atributos seletivamente reconhecidos pelo sujeito classificante como negativos ou desabonadores.

Além do crescimento da violência descrita anteriormente, o impacto do estigma e da discriminação sofridos por essa população, principalmente pelas pessoas trans, ainda é um outro grande problema que produz impactos na saúde mental.

De acordo com o documento do Ministério da Saúde sobre a Política Nacional de Saúde Integral de LGBT (2013), a discriminação por orientação sexual e por identidade de gênero incide no processo de sofrimento e adoecimento decorrente do preconceito e do estigma social.

6) Saúde mental dos adolescentes privados de liberdade:

A criminalidade e a violência urbana praticada por adolescentes têm sido objeto de discussão na atualidade. O Relatório Mundial sobre Violência e Saúde (OMS - ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2002) aborda a violência como um problema de saúde pública. 

Nesse sentido, é imprescindível o enfoque prioritário da promoção de saúde nas políticas do socioeducativo destinadas ao adolescente autor de ato infracional.

O adolescente atravessa um período da vida com modificações corporais, construção de identidade e definição de papéis sociais que permitirão a inserção na vida adulta. Assim, o adolescente busca experimentar incessantemente diferentes maneiras de viver, podendo por vezes praticar atos violentos (MELLO, 2006).

O adolescente que se encontra em privação da liberdade (internação) deve ser acompanhado por estabelecimento educacional e assistido por programa pedagógico pautado na cidadania, convivência comunitária e familiar, escolarização, profissionalização, saúde e inclusão produtiva (SINASE, 2006). Nesta mesa vamos discutir a saúde mental dos adolescentes privados de liberdade.

Referências:

Carla Aparecida Arena Ventura, Saúde mental e vulnerabilidade: desafios e potencialidades na utilização do referencial dos direitos humanos. https://bit.ly/2DG7aqH

PUSSETTI, Chiara. Identidades em crise: imigrantes, emoções e saúde mental em Portugal.


Marianna Queiróz Batista e Valeska Zanello: Saúde mental em contextos indígenas: Escassez de pesquisas brasileiras, invisibilidade das diferenças.

O impacto do racismo na saúde mental da população negra. https://www.nexojornal.com.br/expresso/2019/01/26/O-impacto-do-racismo-na-sa%C3%BAde-mental-da-popula%C3%A7%C3%A3o-negra.

ADOLESCENTES PRIVADOS DE LIBERDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA COM GRUPO EDUCATIVO. file:///C:/Users/Computador/Dropbox/My%20PC%20(DESKTOP-9EJGD3M)/Downloads/68787-Texto%20do%20Artigo-240345-1-10-20130614%20(1).pdf

Mulheres, violência e atenção em saúde mental: questões
para (re) pensar o acolhimento no cotidiano dos serviços. http://www.scielo.org.co/pdf/apl/v32n2/v32n2a09.pdf

JUNTE-SE A NÓS PARA VIVENCIAR 
UMA EXPERIÊNCIA ÚNICA

Conecte-se com pessoas que também acreditam em uma saúde mental menos patologizante e 
mais centrada na pessoa que vivencia esse sofrimento. 
Seja parte da maior comunidade do Brasil sobre novas abordagens em saúde mental.
Aprenda estratégicas práticas para introduzir um novo olhar 
na saúde mental.
Aprenda experiências inovadoras que vem produzindo mudanças significativas no campo da saúde mental no Brasil e em outros países.

APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS:

Normas para Submissão de Trabalhos

Temáticas:

1) Novas Abordagens em saúde mental;

2) Estratégias coletivas de cuidado em SM;

3) A saúde mental da população privada de liberdade;

4) A saúde mental da população em situação de rua;

5) O Impacto do Racismo na saúde mental;

7) Direitos Humanos na Saúde Mental;

8) Saúde Mental e gênero;

9) Saúde mental e Pandemia

10) Saúde Mental da População LGBTQIA+.
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O 3º Congresso Online Internacional: Saúde Mental e Direitos Humanos das Populações Vulnerabilizadas aceita submissões de trabalhos científicos, por esta via de inscrição, apenas na modalidade Apresentação em formato Bate-papo online.

  
Normas:

Cada participante poderá apresentar até 2 (trabalhos), mas pode está como 
co-autoria em outros 2 trabalhos.

O prazo final para submissão de trabalhos vai até o dia 31/07/2022;

O parecer será enviado até o dia 05/08/2022
no e-mail do autor que enviou o trabalho.

Deverá(ão) ser encaminhado(s) o(s) arquivo(s) com o(s) resumo(s) e identificação de autoria. Número máximo de 5 autor e co-autores.

O objetivo é a discussão de temas relevantes no campo da saúde mental e boas práticas na saúde mental no sentido de suscitar debates e estimular a troca de experiências entre os participantes.

A formatação dos trabalhos (resumo) deverá ser a seguinte:
Resumo: o resumo deve ser constituído de um único parágrafo de texto.
Formatação do Resumo: tamanho: entre 1500 a 2.500 caracteres (incluindo os espaços entre palavras). O título não conta no número de caracteres.

Espaçamento entre linhas: 1; fonte: Times New Roman, 12 pontos; tamanho da página A4; margens: superior e esquerda com 3 cm e inferior e direita com 2 cm. Palavras chaves: máximo de três; título do trabalho: letras maiúsculas, centralizado e negrito; nome do(os) autor(es): letras maiúsculas/minúsculas, alinhado à direita e negrito (abaixo do título).

Formatos: 

- WORD e PDF

Modelo Resumo:


Será aceito apenas resumos que seguem o modelo anexado.

O Bate-papo online tem as seguintes características:

1. O objetivo é a discussão de temas relevantes no campo da Saúde Mental no sentido de suscitar debates e estimular a troca de experiências;

2. O Facilitador controlará o tempo de exposição e vai ajudar na conversa;

3. O apresentador pode utilizar slides;

4. Os trabalhos aprovados terão seus resumos publicados nos anais eletrônicos do Congresso;

5. Vamos criar salas online pelo Meet. Faltando 10 dias para o evento vamos enviar o link da sala e as informações para o acesso;

6. O tempo para expor o relato é de 10 minutos. Ao final das fala vai ter tempo para conversa entre os participantes.

Os trabalhos aprovados vão ser publicados nos Anais do congresso com selo ISBN. Todos autores e co-atures com trabalhos aprovados recebem o certificado de apresentação de trabalho. 

Para o trabalho ser publicado nos anais e receber o certificado é necessário que TODOS os autores e co-autores estejam inscritos no congresso. 


PASSOS PARA SUBMISSÃO:

Para submissão do resumo: https://doity.com.br/iii-congresso-online-internacional-saude-mental-e-direitos-humanos-das-populacoes-vulnerabilizadas/artigos
+900PARTICIPANTES
+30PALESTRANTES
2INTERCÂMBIO
BRASIL E PORTUGAL
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PERFIL DO 
PÚBLICO ALVO:

  • Profissionais da Área da Saúde Mental e Saúde;
  • Estudantes da Área da
    Saúde Mental e Saúde;
  • Usuários e Seus Familiares.

OS OBJETIVOS DO CONGRESSO CONTEMPLAM

Potencializar as parcerias entre usuários, trabalhadores, suas famílias e comunidade. Ajudando a desenvolver maior consciência, objetividade e um relacionamento mais produtivo entre o usuário e o profissional.
Discutir e divulgar experiências inovadoras que vem produzindo mudanças significativas 
no campo da saúde mental 
no Brasil e em 
outros lugares do mundo.
Momento para conectar e aprender uns com os outros, sobre Emancipação e Direitos Humanos.
Aumentar a conscientização de profissionais e trabalhadores da saúde sobre a importância de construir novas estratégias de abordagens, juntamente com os usuários e suas famílias.
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COMISSÃO ORGANIZADORA 
APOIO

INVESTIMENTO

2º Lote  (Lote Atual)

Valor inscrição Estudante: R$ 90,00

Valor inscrição Profissional: R$ 110,00


*As inscrições são limitadas e podem terminar antes das datas estabelecidas. 


Formas de pagamentos: 

Cartão crédito em até 12 vezes (Com Juros)
Boleto

O que está incluso na inscrição: 

Palestras
Tradução consecutiva Inglês-Português
Gravação das palestras 
Certificado com carga horária de 25 horas


DATA E LOCAL

Como Acessar 

 O Evento será realizado pela plataforma online DoityPlay. Vamos enviar todas as informações
para acesso ao Congresso.

O que está incluso na inscrição

Palestras
Tradução Consecutiva: Inglês-Português
Brinde online
Certificado com carga horária de 25 horas

Grupos tem desconto

A Grupo acima de 10 a 20 pessoas tem desconto de 10% no valor do lote vigente. 
Grupo acima de 20 pessoas tem desconto de 15% no valor da inscrição. 
Enviar e-mail: atendimento@cenatcuros.com.br

FAQ - PERGUNTAS FREQUENTES

Grupos tem desconto no valor da inscrição?

Sim. Grupo acima de 10 a 20 pessoas tem desconto de 10% no valor do lote vigente. Grupo acima de 20 pessoas tem desconto de 15% no valor da inscrição. Enviar e-mail: atendimento@cenatcursos.com.br

Não recebeu o seu e-mail de confirmação da inscrição?

Caso não tenha recebido o ingresso (ou inscrição) em seu e-mail, você pode acessá-lo a qualquer momento através do aplicativo da Doity.

Posso transferir minha inscrição?

Trocas de titularidade poderão ser realizadas pelo titular da compra; basta enviar e-mail: atendimento@cenatcursos.com.br

Será emitido algum certificado de conclusão?

Sim. Ao termino do curso, será disponibilizado um certificado de conclusão online com carga horária de 25 horas. Não constará QRCODE no certificado.

Como acessar o meu certificado?

Você poderá efetuar o download do certificado do evento no site da Doity.

Posso cancelar a minha inscrição?

Sim! Em caso de arrependimento da compra, o reembolso do valor do ingresso somente será efetuado caso a solicitação seja feita no prazo de até 7 (sete) dias a contar da data da compra, e desde que realizado o pedido de devolução com, no máximo, 48 (quarenta e oito) horas de antecedência do horário de início do evento. Essa solicitação deve ser feita pelo titular da compra através do e-mail: atendimento@cenatcursos.com.br

Qual o período para confirmação da minha inscrição?

A inscrição só é confirmada após o pagamento, antes é apenas o cadastro e não garante a inscrição. Caso você efetuar a compra por boleto bancário a confirmação irá ocorrer em até 3 dias após o pagamento.

Vou submeter um trabalho preciso fazer a inscrição antes de sair o parecer?

Não. Você pode submeter o trabalho para avaliação do parecerista e fazer a inscrição após o envio do parecer. Após aprovado é obrigatório todos os autores e coautores estarem inscritos  no congresso.

Os trabalhos são publicados nos Anais?

Sim. Todos os trabalhos inscritos que forem aprovados e apresentados no congresso serão publicados nos anais com o selo ISBN.

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