A fim de difundir o trabalho realizado com pessoas que ouvem vozes, seus familiares e profissionais de saúde mental, no sentido de que essas pessoas possam lidar melhor e aceitar as vozes como uma experiência que pode ser vivida de forma não patológica.
No campo da saúde, a experiência de ouvir vozes é tradicionalmente considerada como um sintoma da esquizofrenia, que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, é um transtorno mental grave que afeta mais de 21 milhões de pessoas no mundo inteiro.
Contudo, o trabalho desenvolvido pela Intervoice constitui-se como uma alternativa ao saber psiquiátrico acerca da alucinação auditiva verbal, na medida em que a audição de vozes não é tomada como a expressão de um processo de adoecimento.
As pesquisas realizadas pela Intervoice mostram que ouvir vozes é uma experiência totalmente independente do diagnóstico de esquizofrenia e deve ser compreendida dentro da vasta gama das experiências subjetivas humanas. Neste sentido, a Intervoice defende que o problema não está em ouvir vozes, mas na dificuldade que algumas pessoas tem em lidar com essa experiência.